Hugo Leal Melo da Silva, mineiro, natural de Ouro Fino, está em seu 4º mandato consecutivo como deputado federal e é afiliado ao Partido Social Democrático (PSD/RJ). Ele é integrante da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados do RJ, que visa melhorias para a categoria. Hugo é um dos deputados federais que defende a Educação Física não só a nível nacional como a nível mundial.
1- O Srº é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Economia pela Faculdade Cândido Mendes . O que o motivou a entrar na Política?
A intenção de buscar a Justiça e o bem comum. Foi isso que me levou a estudar o Direito, a começar na advocacia e a me envolver com a política, inicialmente no Movimento Estudantil, quando fui diretor do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira e depois no PDT. Foi assim que entrei no serviço público. Trabalhei na Secretaria de Justiça no segundo mandato do governador Brizola como diretor dos Depósitos Públicos e fui me envolvendo tanto com o serviço público quanto com a política.
2- Você integra a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados. Quais são os desafios para este cargo?
Entendo que o esporte é muito importante para a formação da cidadania, que precisa ser valorizado. Tem um papel evidente para a saúde. As atividades esportivas devem ser incentivadas desde cedo e tem um papel na educação, no desenvolvimento do trabalho em equipe, do respeito às regras e da disciplina. Na nossa sociedade, tem um papel social porque o esporte é um caminho – exatamente por esta sua força na saúde e na educação – para afastar as crianças e os jovens das drogas e do crime que, infelizmente, tomam conta das comunidades mais pobres do país. Foi por isso que decidi integrar a Comissão de Esporte da Câmara. Porque creio que o Legislativo precisa dar mais atenção a este setor e fortalecer as políticas públicas na área esportiva.
3- Em audiência pública da Comissão do Esporte realizada no dia 04 de junho, quais assuntos foram tratados?
Houve uma apresentação do programa “CBF Social”, criado em 2015 pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para fomentar ações de responsabilidade social por meio do esporte. De acordo com a CBF, representada pelo gerente de Desenvolvimento Técnico, Responsabilidade Social e Sustentabilidade Diogo Netto, e pela coordenadora de Projetos de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Eliana Mutchnik, desde que foi criado, o CBF Social já beneficiou mais de 100 mil pessoas de diferentes faixas etárias e gêneros. Não conheço o programa a fundo, mas, na avaliação dos representantes da Secretaria Especial do Esporte Ronaldo Lima e do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, o programa é bastante eficaz e cumpre papel importante, incluindo ações como seminários sobre metodologia de ensino do futebol, doação de materiais para a prática do futebol, festivais de futebol, cursos de capacitação gratuitos, visitas ao Museu Seleção Brasileira.
4- Quais medidas ainda precisam ser discutidas para melhorar as condições dos profissionais de Educação Física?
Em primeiro lugar, creio que o mais importante é garantir o cumprimento da Lei Federal 9394, de 1996, determinando a Educação Física como disciplina obrigatória na educação básica em todas as escolas do país. Isto é importante não apenas para cumprir a lei, mas, como já disse, pela importância para a formação das crianças e dos adolescentes. Para cumprir esta lei, é preciso também cumprir a Lei 9.696/98, que regulamentou a profissão. Ainda hoje, aparecem muitas pessoas que se apresentam como profissionais da Educação Física e não são. É preciso aperfeiçoar os mecanismos de prevenção e valorizar os verdadeiros profissionais da categoria.