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Estudo comprova a eficácia do HIIT

17/04/2018

Resultados de um estudo divulgado pelo Laboratório de Morfometria, Metabolismo e Doença Cardiovascular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) concluíram que o Treino Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) é eficaz na produção de melhorias na sensibilidade à insulina e controle da hipertensão mesmo em grupos com uma dieta rica em gordura. O objetivo do estudo foi determinar os efeitos do treinamento em parâmetros cardiometabólicos de animais alimentados com dieta com alto teor de frutose (50%) ou hiperlipídica (50% gordura) e investigar como a remodelação ventricular esquerda adapta-se à ingestão desses dois nutrientes e quais são os efeitos de HIIT em um modelo experimental.

A prevalência da obesidade aumentou em todo o mundo e está associada ao estilo de vida atual, que promove sedentarismo e maus hábitos alimentares, como por exemplo, a ingestão excessiva de frutose, encontrada principalmente, em refrigerantes, xaropes, caldas, sorvetes e alimentos industrializados, somando-se a dieta ocidental, constituída por quantidades excessivas de carboidratos e gorduras. Para os membros da pesquisa, Sandra Barbosa e Guilherme Sá, essas condições têm contribuído para o frequente aumento da incidência de doenças cardiovasculares (CVD).

A inatividade física é prejudicial para a função cardiovascular e tem sido associada com o aumento do risco de doenças crônicas. Além disso, atualmente, a falta de tempo é utilizada como justificativa para a não adesão ao exercício físico. Nesse contexto, o treino intervalado de alta intensidade (HIIT), é um modo de treino que requer pouco tempo e pode ser descrito como breves intervalos de atividade vigorosa intercalados com períodos de baixa atividade ou repouso, o que induz uma resposta fisiológica aguda. Além disso, o HIIT demonstrou melhorias na redução de fatores de risco para doenças cardiometabólicas assim como o modelo de treinamento tradicional que é contínuo e apresenta intensidade moderada.

Presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF1), Prof. André Fernandes informa que apesar de ser um método de treinamento antigo, as pessoas têm aplicado na versão treinamento funcional onde tem feito sucesso entre os praticantes. “Por ser um treinamento de alta intensidade acaba obtendo melhores resultados para o ganho da força e o emagrecimento em menos tempo, mas não é qualquer pessoa que pode iniciar este método de treinamento”.

A autoridade alerta que é importante verificar se o profissional que estará orientando o treinamento possui registro no Conselho. “É esse profissional que irá orientar de forma segura e eficiente a prática de exercícios e o alcance dos resultados desejados”. Segundo ele, havendo dúvidas no início de um exercício físico, o CREF pode ser consultado para saber se a pessoa que está orientando a atividade é um profissional habilitado.

Em relação às dietas, atualmente há um crescente interesse no potencial dos açúcares adicionados aos alimentos, principalmente a frutose amplamente utilizada pela indústria alimentícia, devido ao seu baixo custo e alto poder adoçante, tornando-se um fator contribuinte para as CVDs. Quando consumido em concentrações elevadas, a frutose pode promover mudanças metabólicas como hiperuricemia, inflamação e hipertensão.

“É importante notar que a ingestão excessiva de gordura na dieta leva ao aumento da deposição lipídica nos tecidos adiposo e não adiposo. Além disso, a gordura dietética induz a oxidação de ácidos graxos e, consequentemente, aumenta os produtos de peroxidação lipídica promovendo uma cadeia de eventos que leva ao desenvolvimento de CVDs como hipertrofia ventricular esquerda (HVE) e disfunção diastólica. Do mesmo modo, uma dieta alta em frutose proveniente dos alimentos industrializados afeta negativamente a estrutura e função cardíaca”, informou Guilherme Sá.

Por outro lado, segundo informa o pesquisador, o exercício físico está fortemente associado à redução do risco de doença crônica e tem sido amplamente empregado para diminuir fatores de risco para obesidade, hipertensão e CVD. Neste contexto, evidências recentes indicam que o HIIT fornece um estímulo mais forte do que o MICT para induzir melhorias miocárdicas.

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