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Biriguda, dos campos para o projeto social

01/08/2019

O que fazer depois de inúmeras vitórias e diversos títulos conquistados? Ensinar. Após 13 anos jogando Futsal e Futebol, o carioca Aílto José, de 76 anos, mais conhecido pelo apelido “Biriguda”, viu na Educação Física uma opção para dar continuidade ao seu trabalho. “Alguns ex-jogadores de Futebol, infelizmente, não querem trabalhar. Eu, graças a Deus, tinha três escolinhas onde eu dava aulas para as crianças. Foram oito anos trabalhando para prefeitura, tudo em dia, tudo bonitinho”.

Para ele, o amor pela profissão e a determinação são ingredientes essenciais para não desistir. No caminho, há muitos obstáculos e é preciso muita disposição e compreensão para vencê-los. “Infelizmente, a Prefeitura encerrou o projeto das crianças na praça, então está difícil. Muitos pais das crianças não tem dinheiro para custear os gastos com os treinos da escolinha”, lamenta.

São cerca de 40 crianças oriundas da região do Merck, na Taquara. Como critério, o desempenho escolar dessas crianças é avaliado pelo professor. Não é permitido falar palavrão na escolinha. A estrutura familiar é outro aspecto que também é observado, pois contribui para o desempenho social e educativo deles.

A trajetória de Aílto no campo é marcada por passagens em clubes nacionais e internacionais. Jogou no América, em seguida foi emprestado para o Valença da Venezuela, sendo um dos primeiros jogadores a irem para o exterior. Jogou no Campo Grande Atlético Clube, depois em Santa Fé, na Colômbia entre outros. Parou de jogar em 1972.

Ele decidiu ir além e em 1983 concluiu o curso de Auxiliar de Técnico de Futebol pela Escola de Educação Física do Exército. “Não é qualquer um que termina a carreira como jogador e decide investir nos estudos. Eu estudava de noite e tinha contato com pessoas que usavam drogas, que roubavam e eu sendo ex-jogador ficava exposto”. O professor sempre visita vários clubes e observa a forma que eles treinam seus times. Tudo para lhe ajudar a ter uma perspectiva de treinador, já que por muitos anos esteve do outro lado do jogo, sendo jogador.

Aílto enxerga a importância da valorização da Educação Física na sociedade. Segundo ele, o CREF tem papel fundamental nessa empreitada, pois luta pelos direitos da categoria: “O CREF apareceu na hora certa”.

Para o professor, a escolinha é um projeto maravilhoso, que ocupa o tempo das crianças, ensina valores e os afasta da criminalidade: “Ainda estou conseguindo comandar a escolinha, mas tenho consciência da minha idade. Meu objetivo de vida é ter saúde para ajudar as pessoas”, ressalta o professor, que atualmente conta com a solidariedade de vizinhos e amigos para manter de pé o projeto.

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