A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) já afetou e modificou a rotina de centenas de milhares de pessoas, com isso, estamos buscando não adoecer e fortalecer o organismo nesse período de clausura. Além das recomendações sobre o contágio, um item vem chamando a atenção das autoridades que seria a prática de exercícios físicos como forma de melhora ou manutenção da imunidade.
O momento delicado que estamos vivendo pode acarretar dificuldades para todas as faixas etárias se manterem fisicamente ativos. Recentemente, o ACSM (Colégio Americano de Medicina do Esporte) publicou recomendações sobre a importância de se manter em movimento durante a pandemia, lembrando que este já recomendava a prática de 150 – 300min/semana de atividades aeróbicas de intensidade moderada e 2 vezes por semana de Treinamento de Força.
Se compararmos o tempo apenas na posição sentado com a prática de exercícios regulares de intensidade moderada, principalmente com os exercícios aeróbios, conseguimos associar uma melhora na função imune tanto aguda (logo após) quanto crônica (ao longo do tempo), entre 18 e 67% a menos de chance de infecções, diminuição do estresse e ansiedade.
Em contrapartida, um treinamento de alto volume e/ou alta intensidade pode deprimir a função imunológica por aumento de hormônios do estresse como o cortisol, sobretudo se o indivíduo não estiver adaptado a esse tipo de treino. Alguns artigos indicam que a cada 30min sentado, precisa-se de 3min ativos para manter a condição física.
Lembrando que: “A diferença entre o antídoto e o veneno é a dose”, devemos nos manter ativos sim, mas dentro de nossas possibilidades, e sempre com a orientação de um profissional de Educação Física registrado no Conselho.
Milena Varella
Profissional de Educação Física