Mais de 1,5 tonelada de alimentos não-perecíveis já foi arrecadada pelo movimento Pedal Solidário nos últimos três anos, no município de Iconha, Espírito Santo. A iniciativa foi idealizada pelo professor de Educação Física Rômulo de Souza (CREF 1707-G/ES), do grupo “Amigos do Pedal”, com o objetivo de desenvolver ao espírito solidário. O projeto começou em 2014 para ajudar o Lar do Idoso José de Paula Beiriz, em Iconha.
Formado há 16 anos, o trabalho social sempre andou em paralelo com a profissão para Rômulo. Em 2001, durante a graduação, ao visitar alguns asilos para um trabalho acadêmico de psicologia, ele percebeu que havia algo em comum entre todas as instituições. “Estavam se tornando verdadeiros depósitos de pessoas idosa. Não havia atividade para aquelas pessoas que lá viviam, foi aí que comecei a ministrar aulas de ginástica para o público da melhor idade, junto com alguns colegas de faculdade e professores”. Rômulo está no projeto até os dias atuais.
Além de um futuro melhor e mais solidário, o profissional tem o grande sonho de que a categoria seja mais reconhecida e respeitada pela população. “Não somente sendo vista como “aquele” professor de ginástica ou daquela escola, mas como profissionais da saúde (de acordo com a Resolução 218 do CND), não educamos o corpo. Educamos com o corpo”. Rômulo acredita que o trabalho do CREF1 do Espírito Santo tem um papel crucial no alcance desta visão.
“ O conselho está trabalhando, na medida do possível, para uma Educação Física mais justa realizando fiscalizações, promovendo cursos e dando total apoio aos profissionais que procuram informações”, disse o profissional. Ele acrescentou que muitas das irregularidades acontecem por falta de informação da população. “Muitos escolhem o ‘profissional’ pelo corpo bonito, malhado e pelo baixo preço cobrado. As pessoas que escolhem “professores” somente por esses aspectos, estão colocando sua saúde e até mesmo sua vida em risco”, afirmou.
“Somente um profissional habilitado sabe como funciona o corpo humano, porque nós temos aulas de anatomia, cinesiologia, fisiologia, primeiros socorros, entre outras coisas. Esses falsos professores não possuem esse conhecimento”, afirmou. Fazer uso de um professor não habilitado também acarreta um prejuízo enorme para os profissionais que estudaram, conquistaram um diploma e que pagam as anuidades do conselho em dia.