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Antônio Carlos: uma história de dor e glória

27/08/2019

A dor é algo que faz parte de momentos da vida do ser humano. Ao nascer, nossa mãe sente a dor do parto. Ao cairmos, o corpo sinaliza o choque com o chão. Assim também é na Educação Física. “Se eu treinar sem dor, eu não sou um bom atleta”. Foi com essa e outras frases que o profissional de Educação Física Antonio Carlos da Silva Mello revelou os aspectos da sua profissão. O carioca de 71 anos, morador da Barra da Tijuca considera a Educação Física como a maior paixão da sua vida.

Nascido no dia 1º de setembro, Dia do Profissional de Educação Física, o professor conta que a identificação com a profissão é total. “Se eu tivesse que escolher outra profissão, eu iria morrer. Meu sentimento pela Educação Física é completo”.

Em 1964, quando ainda estudava do Colégio Estadual Professor Fernando Antônio Raja Gabaglia, o profissional se espelhou nos professores Osmir e Eurípedes, os quais o influenciaram na hora de escolher a Educação Física como profissão. Na época, Antonio se deparou com a discriminação e a desvalorização sofrida pelos profissionais de Educação Física. “A profissão não tinha o prestígio que tem hoje. Atualmente, há respeito pela nossa profissão. Espero que eu tenha feito parte da conquista desse espaço”, avalia.

Formado em Educação Física pela UFRJ desde 1974, Antonio fez alguns cursos de especialização como Treinamento Desportivo Internacional e Treinamento Internacional de Atletismo, ambos em 1975. Curso de Primeiros Socorros e Curso de Educação Física com especialidade em Prevenção de doenças cardiovasculares em 1976. No ano seguinte, fez Pós-Graduação em Técnico Desportivo.

Como professor, ele trabalhou no Instituto de Educação Sarah Kubitschek e na Escola Municipal Dr. Jair Tavares De Oliveira, onde pôde perceber como a educação nas escolas favorece muito o desenvolvimento esportivo das crianças. “Eu vi todas as transformações nos esportes, de 1970 até hoje. A escolaridade daquela época não é a mesma de hoje. O atleta que desponta e quer ser um grande jogador, ele precisa ser inteligente”.

Em sua gloriosa carreira no futebol, atuou como preparador físico no Campo Grande Atlético Clube em 1981, na Seleção dos Emirados Árabes em 1985, no Al-Nassr da Arábia Saudita em 1987, no Flamengo em 1996, no Cruzeiro em 2002, no Vasco da Gama, seu time de coração, em 2000, entre outros. No Real Madrid, além do trabalho de campo como preparador físico, em 2005 participou do Centro de Ciências do Real Madrid.

Para ele, A Educação Física é um braço consistente da Medicina no lado da saúde. “A Educação Física é elemento fundamental na vida dos seres humanos. Uma pessoa bem treinada, bem alimentada, está se prevenindo contra várias doenças. O sedentarismo é o maior inimigo do ser humano. O Esporte é, sem dúvidas, o caminho para uma mente saudável e um corpo saudável”. E cita o Conselho como responsável por promover uma mudança na categoria. “É uma decisão muito bonita do CREF qualificar na cédula profissional a especialização e eu apoio totalmente. Isso é muito bom”.

Em 1974, Antônio, ao lado do cardiologista Newton Gomes Figueiredo e do bancário Vanderlei Barbosa de Matos, fundou o projeto “Vida Longa” em Campo Grande. Além de ser sócio, ele foi organizador da parte física e criou o programa “Funcional”, um circuito com oito exercícios de 30 segundos cada, compatíveis com o dia a dia, voltado para todas as idades e que controla criteriosamente a frequência cardíaca. Ele participou do projeto até 1982, pois a carreira como preparador físico no futebol já havia deslanchado.

O ex-professor ama cuidar da sua saúde. Se considera um “atleta velhinho”. Pratica corrida, nada quando o mar está mais calmo, joga futebol, faz musculação, realiza exames e se consulta com médicos periodicamente. “Sofri lesões ao longo da minha carreira como atleta. A dor que eu tive para conquistar o meu espaço é diferente da dor que sinto hoje em dia, que é a dor física, a dor do corpo. Mas ela não me tira do trabalho, pois a Educação Física está acima de tudo”, garante.

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