Um estudo recente comprovou a ligação entre a obesidade materna, a hipertensão arterial e a doença renal crônica nas crianças, levando a um maior risco de doenças cardiovasculares, tais como ataques cardíacos, mais tarde na vida. Para além da alteração na rotina alimentar, os exercícios físicos são fortes aliados na mudança da condição corporal, desde que autorizado pelo obstetra e orientado por um profissional devidamente habilitado no Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro.
Especialista em atividades físicas com grávidas e parceira do CREF1, a Prof. Renata Tarevnic listou os exercícios mais indicados para esse período. “As atividades aquáticas, como hidroginástica e natação, são as mais indicadas por contas das propriedades da água. Elas também minimizam as dores na coluna da gestante e previne o risco de doenças no bebê”. A especialista não recomenda musculação com carga.
Prof. Renata destaca que há uma zona ideal de treino para as grávidas, que não devem ultrapassar os 140 batimentos cardíacos. “Por isso é crucial que os exercícios sejam monitorados por um profissional habilitado”. É importante ressaltar que as mães com muito sobrepeso precisam fazer uma reeducação alimentar antes de começar os exercícios para não haver riscos de aborto e nascimento prematuro.
Renata Tarevnic é membro do grupo de pesquisa do laboratório de morfologia da biologia experimental e humana da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde iniciou uma pesquisa pioneira no estado. A ideia é descobrir como a obesidade do pai também pode influenciar no nascimento e desenvolvimento da criança.