Já foi o tempo em que pacientes em tratamento do câncer de mama deveriam fazer repouso e reduzir as atividades físicas. Inúmeras pesquisas já comprovaram que praticar exercícios físicos regularmente pode prevenir, tratar e reduzir em 25% a chance de desenvolvimento da doença.
Foi com base nestas informações que Lucivana da Silva Morais iniciou um programa de exercícios físicos na academia Flávia Cândida, em Paracambi. Ela foi diagnosticada com Câncer de mama logo após o nascimento de seu primeiro filho, hoje com 1 ano e 11 meses. Na ocasião, ela era sedentária.
Mas por que os exercícios físicos são tão importantes? Além dos benefícios já conhecidos, como: bem-estar, melhora no sono e na alimentação, alguns especialistas informam que exercícios regulares eliminam o excesso de lipídios que circulam no sangue, molécula que alimenta o desenvolvimento do câncer, e auxiliam na redução da formação de vasos ao redor do nódulo, que servem para abastecê-lo de sangue.
A dose indicada para as pacientes é de três a cinco horas de exercício por semana, em intensidade moderada. Direcionamento seguido por Lucivana, que pratica musculação de segunda a sábado, toda semana. É importante destacar que todo o exercício físico deve ser orientado por um profissional de Educação Física habilitado pelo Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro e Espírito Santo (CREF1).
Movimentar o corpo também atenua o cansaço e as náuseas, efeitos colaterais decorrentes da quimioterapia, tratamento enfrentado por Lucivana. “O médico me informou que eu não poderia operar de imediato porque eu não tinha tecido para cicatrizar, então comecei a fazer a quimioterapia para tentar reduzir o tamanho do nódulo e depois fazer a cirurgia“. Já foram quatro sessões da vermelha, a mais forte, e oito – de 12- da branca.
A descoberta do nódulo ocorreu em novembro de 2015. Por conta do tratamento, a paciente teve que parar de amamentar o filho. Em fevereiro deste ano, o câncer tomou conta de todo seio de Lucivana. Não houve desespero, somente uma vontade enorme de lutar contra a doença, que é encarada com o máximo de bom humor.
