A dança é uma das atividades que mais trazem benefícios ao corpo humano. Há 40 anos trabalhando com a modalidade, a profissional de Educação Física Marilidia Dinelli, de Barra do Piraí, 64, usa seu corpo como instrumento de educação. Na última sexta-feira, dia 6, ela recebeu homenagem da Comissão Regional e do CREF1 pelos serviços prestados à profissão.
Paulistana, nascida no distrito de Ipiranga, ela concluiu a faculdade de Educação Física na UniFOA, em Volta Redonda, em 1979, e atualmente reside na rua que leva o nome de seu avô, que foi uma figura importante na região.
A busca pela formação superior não foi um caminho fácil para ela. No início, ela queria estudar Arquitetura, mas a mudança na carreira aconteceu por influência da irmã Maria Aparecida, que trabalhava com dança na época. Na ocasião, Maria a pediu para ajudar nas coreografias de Ginástica Olímpica. “As pessoas davam valor para os graduados e por isso fui fazer Educação Física no Centro Universitário de Volta Redonda e fiquei no lugar dela”.
Cursar a faculdade foi o primeiro grande desafio da sua vida. Logo no primeiro semestre, seu pai, o caminhoneiro Antonio Dinelli, e sua avó morreram. A morte de ambos quase a fizeram desistir. O apoio dos amigos e da família foi crucial para que Marilidia conseguisse se formar.
Desde menina, Lili como é carinhosamente chamada, gostava de fazer apresentações de dança, ginástica e interpretação. Na faculdade, amava as aulas de Rítmica e Folclore. Foi monitora de Ginástica Olímpica e professora de folclore na faculdade. Fez jazz na academia de uma amiga e tinha três grupos de dança na escola. “Na minha cidade, haviam concursos de bandas e eu fui a pioneira em montar coreografias de linha de frente e balizas. Fomos competir em vários lugares e sempre ganhamos”, relembra.
Atualmente, ela trabalha nas academias Gymmasium e Proquality onde dá aulas de Jump, Step, Alongamento e Ginástica Localizada. A professora também atuou em colégios dando aula de ginástica artística, ginástica escolar e danças em geral. Trabalhou até o ano passado com festival de dança. Ela também entende a importância do CREF1 na valorização da profissão. “Quando eu vi que seria um órgão para nos ajudar, logo me interessei”.
Marilidia não pretende parar. Pensa em estudar Fisioterapia e dar aulas para as suas alunas mais velhas. Ela enfrenta a vida como um grande ciclo de aprendizagem, onde é professora e ao mesmo tempo aluna. “Tenho vontade de recomeçar meu curso de dança de salão e fazer só cursos dentro da área fitness”, antecipa. Em seus momentos livres, gosta de arrumar a casa, cuidar do quintal, das plantas e dos seus bichos de estimação. Além disso, conta com a companhia de suas amigas, seja para um café à tarde ou uns chopps à noite. Está sempre cercada de pessoas talentosas, alegres e que contribuem para o seu crescimento pessoal e profissional.